1. Discorra sobre o filme V de Vingança com base nas características de uma sociedade pós- moderna .Considere , em seu texto, os temas centrais da pós-modernidade, tais como: segurança, terrorismo, fragmentação - liquidez, segmentação e outros que achar relevante.
·
Segurança
Quanto à segurança, o governo, por meio da mídia, persuade o pensamento
do povo (população) ao mascarar e modificar notícias fazendo as pessoas
acreditarem que estão seguras em seu comando. Ao fazer isso, o partido controla
a população, fazendo-as senti-las seguras.
A segurança é mantida por meio da repressão ao povo, desta maneira faz a
população sentir-se com medo e insegura, sendo assim, submissos aos atos do
governo.
·
Terrorismo
Com base no filme, terrorismo é definido como princípios e atos
realizados por pessoas que agem e pensam diferentemente do governo. O governo
cria situações e passa informações para o povo para que o povo acredite que aqueles
que contrariam o governo são terroristas.
·
Valores da
Sociedade
As pessoas acreditam que a mídia e a religião dizem a verdade absoluta.
As pessoas se contentam com o pouco que têm e são submissas ao governo.
·
Classes
Sociais
O povo é submisso à elite e aquele que se se encontra em uma classe
social baixa é visto como inferior para o governo sendo que o governo trabalha
para a elite.
2. Com base no filme Bling Ring de
Sofia Cappola e nos textos de Zygmunt Bauman indicados em sala de aula,
correlacione o filme com as idéias de Bauman sobre comunidade, sociedade de
consumo, sociedade líquida.
No filme, a sociedade é montada como
consumista, com valores perturbados. Uma sociedade facilmente influenciável
pela mídia.
A sociedade é líquida, facilmente multável,
em relação aos valores e a pensamentos, deste jeito, maleável pela mídia.
E essas questões de consumismo e sociedade
líquida são abordados bastante nas obras de Zigmunt Bauman
3. Escreva com suas palavras, sobre a
visita feita ao CCBB para a exposição do Renascimento. Faça um texto com
linguagem informal, como se você estivesse contando a um amigo sobre a
organização da exposição, a divisão dos temas por andares, seu conhecimento
sobre Renascimento e a Cultura Italiana e, por último, conclua o texto
informando sobre a importância dessa atividade cultural para a sua formação
profissional.
A exposição sobre os mestres do renascimento,
visitada no CCBB mostra pinturas, esculturas e desenhos de importantes artistas
do Renascimento italiano, como Leonardo d Vinci e Michelangelo, permitindo-nos
assim, conhecer com maior proximidade importantes obras de importantes artistas
deste período da história da arte.
A exposição é toda dividida em andares sendo
que cada um representa uma região da fragmentada Itália da época. A visita é
realizada de cima para baixo, ou seja, inicia-se do quarto andar e desce até o
subsolo. No quarto andar, temos Florença, no terceiro, Roma, no segundo,
Ferrara, Urbino, Milão e Veneza. No primeiro andar encontramos uma cronologia e
no subsolo, um vídeo sobre arquitetura e arte desta época.
Nas pinturas, observa-se muito a utilização da
pintura a óleo, método surgido na Itália durante a época da Renascença, mais
prático que os outros métodos, embora também observemos diversas obras pintadas
com o método de têmpera sobre madeira na exposição.
É perceptível a perspectiva nas obras,
sobretudo pelo tratamento realizado com as luzes e sombras destas. Há também um
grande perfeccionismo nelas, sobretudo nas representações humanas,
característica do renascimento, uma vez que este retomou os valores
greco-romanos.
Notamos que muitas das obras têm temática
religiosa, sendo vistas inclusive, no último andar da exposição, diversas
igrejas decoradas com obras de grandes pintores renascentistas. Com isso,
pudemos observar a grande influência da igreja na sociedade e da cultura da
época mesmo com este período sendo marcado pela mudança do teocentrismo
medieval para o antropocentrismo, que considera o homem deve ser o centro das
ações.
Também em alguns instantes, foi possível
perceber certas misturas entre ciência nos estudos de Leonardo da Vinci.
Esta atividade é muito importante para a
nossa formação profissional devido ao motivo de que é importante sabemos de onde
vem o mundo em que estamos o porquê das coisas serem como são hoje. Precisamos
ter consciência de que durante o Renascimento, foram retomadas pesquisas de
diversas áreas e que as tecnologias que nós temos hoje só são possíveis devido
ao que foi feito nesse período. Desta forma, o mundo seria totalmente diferente
sem que houvesse um movimento tão importante como o Renascimento.
4. Resuma, com suas palavras, o texto
"O Crescimento da Mídia e dos Signos" do livro Cultura das Mídias de
Lucia Santaella.
Santaella
inicia o texto dizendo que para antes iniciarmos uma reflexão às novas
tecnologias, deve-se entender a evolução das mídias e dos signos com o passar
dos anos, evitando desta forma, as duas tendências mais comuns nas avaliações
da tecnologia, que são a ingenuidade laudatória, e a crítica apocalíptica.
O primeiro
exemplo de comunicação entre algo é exemplificado na comunicação celular e
genética dos organismos vivos, entendendo que comunicação é quando algo é
transportado de um lugar para outro, e visando exercer um
influencia/transformação no lugar de destino.
Desta forma
são apresentadas quatro conclusões:
1- Não há comunicação sem transmissão de informação
2- Não há informação que não esteja encarnada numa
mensagem
3- Não há mensagens sem signos
4- Não pode haver transmissão de mensagens sem um
canal que a transporte
Santaella menciona que o ser humano não é o
único ser capaz de se comunicar na biosfera, mas foi a única capa de criar um
quarto reino (além do mineral, vegetal, animal), o da noosfera ou semiosfera,
que seria o reino dos signos ou linguagens, representadas pelas mais diversas
formas como sinais, gestos, sons etc.
A hipótese apresentada sobre o crescimento
dos signos e das linguagens é que o reino das linguagens (noológico/semiosfera)
está sempre em expansão.
A primeira forma de comunicação humana
mencionada é a fala, onde uma fonte geradora de signos (cérebro), estes que
serão vinculadas ao aparelho fonador (boca em conjunto com os pulmões,
traqueia, laringe e cordas vocais) e serão recebidas pelo canal receptor
(ouvido), que decodificará os padrões sonoros ao serem remetidos ao cérebro,
onde estão armazenadas as leis de codificação dos sons, produzindo sentido.
Concluindo desta forma que um mesmo meio pode realizar funções sobrepostas,
usando como exemplo o cérebro, que além de produtor de signos, é também
armazenador.
Apesar de seu fantástico meio de produção de
signos, o cérebro, também é facilmente perecível, já que quando um indivíduo
morre, todas as suas informações lá contidas se perdem. Desta forma, seguindo a
hipótese da evolução dos signos e das linguagens, é criada uma nova forma de
armazenamento fora do corpo, prolongando a capacidade de armazenamento além da
memória, criando desta forma, um processo de extra-somatização do meio de armazenamento
dos signos.
A mão, ligada a certas habilidades motoras do
corpo, em conjunto com instrumentos capazes de realizar as inscrições no
suporte, funciona como um meio de produção extensor do cérebro, deixando no
mundo externo, marcas da capacidade simbólica do homem. Criando assim de pinturas em cavernas à
escrita em papel no decorrer dos séculos.
As escritas alfabéticas transpõem, para a visualidade, o caráter
articulatório da fala.
A invenção da prensa tipográfica o meio de
produção passa a ser em si mesmo, o meio de reprodução. Permitindo que a partir
de uma única matriz, diversas cópias possam ser produzidas. Assim se da o
inicio dos primórdios dos meios de comunicação em massa visando estender a
recepção das mensagens para um público maior.
O grande salto de transformação ocorre quando
aparecem as primeiras máquinas de capazes de produzir linguagem. Sendo a
primeira delas a câmera fotográfica, onde em uma máquina, é materializada certa
inteligência visual acerca do funcionamento do olho e da fixação do reflexo da
luz, além de uma inteligência representativa e imitativa da tridimensionalidade
da visão numa superfície chapada.
Ambas (automatização da impressão e
fotografia) surgiram na mesma época, que aliadas ao telegrafo (que permitia a
transmissão de uma noticia a distancia), que unidas culminam no aparecimento do
jornal. Evoluindo também para os cinemas
e livros, criando um meio de entretenimento de massas.
A
evolução continua com o surgimento de tecnologias informáticas na sua
possibilidade de codificação numérica, na criação de computadores e sua rede de
comunicação global, permitindo acesso direto a informação, funcionando com
cérebros fora do corpo humano.
E por fim concluindo que as transformações
produzidas na comunicação e culturas humanas são infinitas e geram
consequências nas noções tradicionais de cultura erudita e popular e nos
fenômenos de comunicação de massas.
5. Resuma, com suas palavras, o texto
" O Homem e as Máquinas" do livro Cultura das Mídias de Lúcia
Santaella.
As máquinas são descritas como uma espécie de
ferramenta, projetadas para atingir certo proposito e apresentando um nível de
autonomia no seu funcionamento. Em uma máquina está implicado um tipo de força
que tem o poder de aumentar a rapidez e a energia de uma atividade. Santaella detecta em sua análise três
principais níveis na relação homem-máquina:
1- O nível muscular-motor
2- O nível sensório
3- O nível cerebral
Três níveis que são precedidos sucessivamente
através do tempo, mas não anulando um nível anterior quando um novo aparece, e
sim permitindo uma convivência e, por vezes, instaura até mesmo o intercâmbio
ou colaboração com o nível anterior.
As primeiras máquinas musculares surgem com a
revolução industrial, em que máquinas puderam substituir a força física do
homem, primeiramente pela utilização de vapor, e mais tarde, a eletricidade,
pondo assim essa energia a serviço dos músculos humanos, livrando-os do
desgaste. Esse primeiro conjunto de máquinas se caracteriza pela imitação dos
gestos humanos, substituindo o trabalho puramente físico e mecânico. Exemplos atuais deste tipo de máquina são os
elevadores, automóveis, batedeira de bolo, liquidificador, aspirador de pó
etc..
Tais tipos de
máquinas também foram introduzidas nas linhas de produção, que substituíam o
trabalho braçal e eram controladas por humanos, estes depois também
substituídos por computadores capazes de tomar decisões.
Ao contrario das maquinas musculares que
foram feitas para trabalhar, as máquinas sensórias foram feitas para simular o funcionamento
de um órgão sensório, funcionando como extensão dos órgãos dos sentidos. Assim
estes aparelhos são máquinas de registro, que não apenas registram o que os
olhos veem e os ouvidos escutam, mas também reproduzem signo: Imagens e sons.
Desta forma as máquinas sensórias amplificaram a capacidade humana de produzir
signos através de aparelhos visuais e auditivos, capturando a realidade e
devolvendo signos.
As máquinas cerebrais têm início quando Alan
Turing cria uma máquina com a capacidade de processar símbolos. Com o
computador digital deu-se por inventado um meio para a imitação e simulação de
processos mentais.
A grande revolução só viria como advento do
computador pessoal, que possibilitou um meio de massa para criação, comunicação
e simulação. Cada vez mais a comunicação com a máquina, a princípio abstrata e
desprovida de sentido para o usuário, foi substituída por processos de
interação intuitivos, metafóricos e sensório-motores em agenciamentos
informáticos amáveis, imbricados e integrados aos sistemas de sensibilidade e
cognição humana. Enfim, o próprio computador, no seu processo evolutivo, foi
gradativamente humanizando-se, perdendo suas feições de máquina, ganhando novas
camadas técnicas para as interfaces fluidas e complementares com os sentidos e
o cérebro humano até o ponto de podermos hoje falar num processo de coevolução
entre o homem e os agenciamentos informáticos, capazes de criar um novo tipo de
coletividade não mais estritamente humana, mais híbrida, pós-humana, cujas
fronteiras estão em permanente redefinição.
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